terça-feira, 31 de agosto de 2010

''Liberdade na vida é ter um amor para se prender''

(Fabrício Carpinejar
)

domingo, 29 de agosto de 2010

Amor;

"(...) Não sei me despedir de você."

(Fabrício Carpinejar)

''Quando o amor acontece... (Final)

10 horas...
      Uma nova vida.
           Reconciliação...

Ela dormiu durante dez horas, querendo permanecer ali, sem palavras, sem perguntas... Em silêncio. Levantou-se, olhou-se no espelho e não reconheceu aquele ser refletido. Olhou de novo, esfregou seus olhos, e ainda não acreditava no que via, aquelas olheiras, o rosto inchado, cabelo emaranhado. O que acontecera para tão desgraça refletida?
Abriu a porta e arrependeu-se quando a luz do sol quase a cegou, fechou os olhos, correu ao banheiro e lavou aquele rosto imundo. Sujo de lembranças da noite passada. Lavou-se e enxergou. A raiva desaparecera, a dor não a sufocava mais.

Dez horas, era só disso que ela precisava?

Olhou-se no fundo dos olhos e viu que ela não era a errada. Ela dedicou amor, admiração, doou seu coração para ele. Viveu sua vida baseando-se na dele. Foi fiel. E ele lhe dera uma rasteira, a deixou. Ele foi fraco, preferiu a deixar para curtir as noites com outras mulheres.
Ela se olhou e finalmente viu que ela valia muito mais a pena que ele. 
Voltou ao quarto, vestiu-se, cobriu as olheiras e todas as marcas de um péssimo dia, e declarou a si mesma.
- Você vale a pena! Garota, aquele covarde não te merece, olha o que ele perdeu, e o que ele nunca mais terá.

Não, 10 horas não era o suficiente.

Nenhuma palavra curaria aquela dor de uma perda amorosa.
Mas o primeiro passo ela deu. Encontrou seu amor próprio. Ela ainda não está pronta, ainda não precisa de um novo amor. Mas ela sabe, que quando ele chegar, ela estará pronta e mal lembrará das dores que sofrera um dia.
Porque o amor tem dessas coisas... O mesmo que faz doer também é capaz de curar!

FIM! 

sábado, 28 de agosto de 2010

''Quando o amor acontece...(II)

Raiva... 

Estágio dois de uma separação.
 
Tudo em sua vida estava bagunçado, os batimentos fortes que até pouco tempo tinha um doce dono, agora batia ferido, sangrando, gritando sufocado.
As lágrimas secaram, não haviam mais soluços, apenas um silêncio, o vazio de um adeus e a tormenta de um desgosto.

Era visível o ódio em seus olhos. O amor se foi, cedendo um lugar à raiva que ela desejava não sentir, mas já a dominava por completo.
As fotos que coloriam o quarto viraram pedaços de tristeza jogadas ao chão, ao rasgar-lhes, revivia os momentos que ela acreditou serem eternos. Praguejou cada pequeno detalhe, arrependendo-se por terem acontecido um dia.
As cartas que ela guardava com tanto zelo, foram postas às chamas.

Destruição total, livrou-se de tudo que pudesse lembrá-lo. Foi difícil, foram tantos anos, quebrando-se em segundos.
- Acabou. - Ela repetia. - Acabou, é o fim!
Ela não queria, não acreditava em tais palavras, mas sabia que era o fim.

Raiva, dor, desilusão, cansaço. Ela dormiu abraçada com seus pensamentos, em meios as lembranças, terminando o que seu coração se recusava a aceitar.

-Hoje vai acabar. - Ela disse a si mesma adormecendo logo em seguida.


Continua.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

''Quando o amor acontece...

 
...A gente logo esquece que sofreu um dia''


É como chorar a noite toda por uma birra e acordar como se nada tivesse acontecido. Espalha uma maquiagem, remove as olheiras, esconde o inchaço, e no final do dia já nem se percebe que lágrimas rolaram por ali.
Com o amor é ''parecido''...

Despedida;

Um abraço, um beijo em cima da lágrima, é um adeus.
Uma dor no peito, um frio, uma solidão.
Ela diz que o ama, ele tampouco estremece, apenas um ''eu tentei'' sai de seus lábios.
Um aceno qualquer, apenas adeus. Fácil assim, como se fosse fácil realmente.
Para ela seguir adiante era um desafio, o mundo dela estava se despedindo, dizendo que ia embora, para nunca mais voltar. Porque ela merece coisa muito melhor, ele diz, que ele nunca será o suficiente. 

Fácil, se assim fosse.

São tantas palavras jogadas para fora, e nenhuma capaz de aquece-la. Palavras ela não quer, quer os sentimentos, e isso, ele não tem mais, não podia dar.
Só resta então um cumprimento sádico. É assim que acaba aqueles doces anos, em que palavras bastavam para traduzir qualquer sentimento.
Onde juras eram mantidas, onde tudo era real. O mundo dela foi embora, restou então a escuridão, a desilusão, a solidão e ela.

Lágrimas escorriam a face, os ouvidos ensurdeceram, a única voz que lhe tiraria da solidão emudeceu-se.
Prenúncio de que aquele dia não acabaria tão cedo...

To be continued...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Um dia a gente encontra alguém
que muda a nossa rotina,
nossa cabeça
e o nosso coração.
E tudo começa a fazer sentido.



Muuuito obrigada pelos comentários e pelo carinho.
Nem sempre tenho tempo de respondê-los, mas leio todos. :)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Desabafando em 2006...

Quero fugir desse lugar.
Ir para um mundinho perfeito,
que eu mesma irei criar.
Quero ver o sol de perto;
Quero queimar com o verão;
Me derreter no gélido inverno.
E quero viajar...
Pra outro planeta;
Outro horizonte;
Em outros pensamentos...
Quero sair de mim.
Libertar meu lado mau.
Ser sutil, fútil, vulgar...
Quero sim, ser má.
Quero ser anjo.
E viver intensamente.
Quero me libertar.
Quebrar essas correntes do meu coração;
Correr na chuva;
Cair no mar.
E então poder gritar...
Serei o que sou em silêncio.
Serei eu mesma em outras dimensões!

(02/12/2006)

sábado, 14 de agosto de 2010

...


- Toni, por que me olha desse jeito?
- ...
-
Não vê que eu tô cansada de ser dominada pelo seu olhar?
- Sim Nina, eu vejo. Vejo que por mais que eu tente,
eu não sei ficar longe de você.

- Então fique Toni, fique o tempo que quiser.
Porque você sabe que eu te quero para sempre.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

''Não me deixe só...

...Eu tenho medo do escuro...
♫(Vanessa da Mata)




E sinto. Tanto...
Mas é na minha escuridão que eu me perco.
Na escuridão dos meus olhos no espelho, que reflete coisas que eu não sou.
É na escuridão que me encontram. Quando me isolo... Quando me esqueço, e me perco, é quando resolvem me procurar.
Mas minha escuridão é muda, é meu silêncio dentro de mim... Que nunca encontro quando eu preciso.
Eu fico ali, vagando no infinito, em pensamentos irreais, em vontades, em raivas...
Essa é a minha vida sem luz, que carrego escondida dentro dos meus olhos.
A escuridão que tanto temo, existe dentro de mim, me persegue, pra onde quer que eu vá.
E é quando eu me perco em devaneios, que você vem e me abraça...
E nessa hora, eu me encontro...

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Saudade...



Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade de um filho que estuda fora.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu.
Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se
amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ou quando alguém ou algo não deixa que esse amor siga,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre
ocupada; se ele tem assistido às aulas de inglês,
Se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial;
Se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
Se ele continua preferindo Malzebier;
Se ela continua preferindo suco;
Se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
Se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
Se ele continua cantando tão bem;
Se ela continua detestando o MC Donald`s;
Se ele continua amando;
Se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo
querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os
amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer;
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...

Miguel Falabella.